sábado, 19 de setembro de 2015
Ação Pré-Reflexiva
Após participar de uma palestra sobre crenças limitantes, passei a perceber que nós, seres humanos, agimos e pensamos baseados em crenças que acumulamos pelo caminho, desde nossa criação e durante toda a vida. Crenças estas que geralmente não têm sentido algum. Frases como "o dinheiro é sujo", "tá com roupa curta porque quer chamar a atenção, prostituta!", "arrotar em público é falta de educação" são diariamente ouvidas e armazenadas pelo nosso cérebro, ainda mais na infância, onde não temos capacidade de distinguir o certo do errado, se é que existe essa distinção. Porém, mesmo estando consciente dessas reações impensadas, acabamos por cometer deslizes e aplicá-las inconscientemente no nosso dia-a-dia. Então, como todos, igualmente cometo constantemente preconceitos sem fundamentos; Semana passada, estava indo à noite para a casa da minha vó, no Bom Fim, quando, olho para trás e vejo de relance um homem negro, de mais ou menos 30 anos, com uma jaqueta preta, caminhando alguns metros atrás de mim. No mesmo instante fui tomada por pensamentos como "e se ele for um assaltante?!", "melhor apressar o passo", "e se estiver armado?!" e sem pensar duas vezes, comecei a andar mais rápido e atravessei a rua pois à alguns metros estava o meu destino. Ao chegar na porta do prédio, preferi apertar o interfone ao invés de mexer na bolsa para pegar a chave e, nesse instante, olhei para o outro lado da rua para ver onde estava o homem, quando vi ele atravessando, quase comecei a gritar para que alguém visse porque estava quase certa que ele estava vindo para me assaltar. Quando ele estava quase chegando minha vó atendeu o interfone e abriu a porta, abri e entrei o mais rápido possível e, após fechar a porta olhei pra rua em busca do tal "assaltante" e quase morri de vergonha de mim mesma quando ao olhar para a porta da casa ao lado vi ele pegando as chaves e entrando "nossa, como eu sou idiota, era só o vizinho!".
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