sexta-feira, 20 de novembro de 2015

EUA na primeira metade do século XX

A primeira metade do século XX foi marcada pela reorganização geopolítica que melhor se adequou ao novo ciclo de expansão e desenvolvimento capitalista e pelo avanço qualitativo da divisão internacional do trabalho, consolidando a grande indústria e o capital monopolista. É também nesse período que se completa o deslocamento da hegemonia britânica para a estadunidense na liderança internacional.
No começo do século, entretanto, os Estados Unidos exerciam apenas um domínio sobre a América, principalmente após o Corolário Roosevelt. Internamente, o governo iniciou uma política de supervisão federal na economia do país, que era dominada pelos trustes. Com o presidente Woodrow Wilson, mulheres ganharam o direito de votar e a polêmica "lei seca" entrou em vigor. Mesmo tentando diminuir o espírito intervencionista, característica dos governos anteriores, e manter-se neutro em relação aos assuntos europeus, o fato mais importante de seu mandato foi a entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial, com o objetivo, do ponto de vista geopolítico, de manter o equilíbrio de poder na Europa, evitando a supremacia de uma potência sobre as demais. Ao final da guerra, os Estados Unidos assinaram a paz em separado com a Alemanha, recusando-se a ratificar o Tratado de Versalhes e entrar na Liga das Nações, voltando a adotar uma política conservadora e isolacionista. Durante a maior parte da década de 20, os americanos viveram um período de prosperidade, principalmente nas cidades, mas com a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, 17 milhões de pessoas ficaram desempregadas e a produção caiu generalizadamente. A crise, conhecida como Grande Depressão, perdurou até 1932, quando foi eleito para a presidência o democrata Franklin D. Roosevelt. Com seu New Deal, o estado voltou a atuar fortemente na economia mediante a desvalorização do dólar, ampliação das obras públicas, limitação de excedentes agrícolas e industriais, programas de financiamento a fazendeiros e rigoroso controle da atividade creditícia e financeira, cuja indisciplina foi uma das principais causas da crise. Com as medidas keynesianas e a demanda por armamento crescendo em decorrência dos novos conflitos mundiais, a economia norte-americana se estabilizou. Até o ataque japonês à base de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, os Estados Unidos se limitavam a fornecer suprimentos para os países em guerra, mas 4 dias após o incidente foi declarada guerra contra o Eixo. Mais de 15 milhões de homens e mulheres foram mobilizados pelas forças armadas e milhões de pessoas, inclusive donas-de-casa, mudaram de atividade, para trabalhar nas fábricas, fazendo com que a produção industrial quase dobrasse entre 1939 e 1945. A corrida armamentista impulsionou a pesquisa científica, fazendo surgir instrumentos como o sonar e o radar, e determinou o início da utilização de uma nova e poderosa fonte de energia, a atômica. A Alemanha se rendeu em 7 de maio de 1945 e o Japão em 2 de setembro, após os lançamentos de bombas atômicas americanas em Hiroshima e Nagasaki, e com isso os EUA provaram o seu poder e se estabeleceram como uma superpotência mundial, tendo apenas a URSS como concorrente. Com a criação da ONU, OTAN etc, substituíram o Reino Unido, minado pela guerra, como sustentáculo econômico e militar do ocidente.

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